quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cedo

Ainda não

É muito cedo para esquecer

Não deixe que os sorrisos
E os novos amigos
Recém chegados, diga-se de passagem
Apaguem o passado

Não deixe

Que as vergonhas caiam no esquecimento
Que as dores, até então, eternas
Tornem-se nulas
Vazias
Simples lamentos

Não deixe, por favor

Que o amargo vire doce
E que as lágrimas
Desperdiçadas
Sequem sem sentido

Não

Você não tem esse direito

E, por favor
Nunca esqueça

Bons momentos
Tal como o vento
Sopram
E vão embora
Levando consigo a calma
E a boa sensação
Ilusória
De redenção


Os pecados
Os crimes
Esses ficam, como poeira
Como areia
Que jogada aos olhos
Arde
E faz chorar

Nada mais que a verdade

Nada que você não conheça

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